FANTASIA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA: MISTURE TUDO E VIAJE NAS NARRATIVAS FICCIONAIS
O ponto de partida é a imaginação. O destino, um universo ficcional onde a ciência e a tecnologia conduzem personagens, desenham épocas e propiciam situações hipotéticas, possíveis ou impossíveis no mundo real. Estamos diante do conto de ficção científica, gênero textual trabalhado com os alunos dos 8ºs anos.
Durante as aulas de Técnicas de Redação, eles mergulharam no estudo desse gênero, tomando contato com histórias que exploraram elementos da ciência e que fantasiaram algo que se pode admitir como possível, mesmo que apenas em um momento futuro.
Após conhecerem essas histórias, os alunos lançaram-se ao desafio de produzirem os seus próprios contos de ficção científica, criando narrativas incríveis, que instigaram a nossa imaginação e que, a partir de agora, convidam você, leitor, a viajar pelo fascinante mundo da leitura. Vamos partir? Boa viagem!
Criação de vida
Pedro é um menino de 15 anos que vive em uma cidade no estado de Amazonas, Brasil, no ano de 2148. As casas estão tecnologicamente adaptadas, porém com aparências extremamente minimalistas.
Nesse local, a natureza está contida em reservas distantes, em redomas supervisionadas por especialistas que separam a natureza do homem. Para ter um animal de estimação, você precisa de uma autorização do governo, o que, na visão de muitos, inclusive Pedro, é muito ruim, pois os animais devem ser livres e não ficarem presos em redomas sendo supervisionados.
Pedro estava aprendendo sobre a Floresta Amazônica, sua fauna e achou muito interessante. Até que, certo dia, navegando pela internet, ele acabou descobrindo sobre a impressora 3D de tecidos e órgãos e teve a ideia de tentar criar um animal com ela. Mas como ele não tinha uma máquina dessas, ficou fazendo pequenos trabalhos em seu bairro em troca de dinheiro por 3 meses.
Assim que comprou a impressora, ele queria fazer um animal que voasse como uma águia e feroz como uma onça pintada. Ao tentar planejar um organismo, ficou espantado de como era complexo um sistema orgânico e ficou com medo pensando que fez tudo isso por nada. Ficou decepcionado, até que ele teve a ideia de chamar seu amigo Juninho, que é muito esperto em biologia.
Chamando Juninho e contando a ideia, ele fica interessado e decide ajudar, primeiro ele explica que, para voar, o animal precisa ser leve, então eles focaram nos órgãos essenciais, sem bexiga urinária, com estruturas aerodinâmicas e com uma asa que tem o dobro do comprimento do seu corpo. Depois de cuidar da parte aérea, eles tiveram que cuidar da parte terrestre que era fácil, eles apenas acrescentaram quatro patas com garras afiadas e dentes afiados. No final, essa ideia deu certo, o animal tinha o tamanho de um cachorro de porte médio e um bico de pássaro com dentes afiados.
Pedro então teve que mostrar para seus pais, Ana e Túlio, que ficaram bravos por ele não ter avisado nada, porém interessados. Eles acabaram aceitando ficar com o animal e levaram-no na prefeitura para registrar e pedir a permissão. No final eles receberam a permissão e também criaram uma ideia que mais à frente fez ser revivido dinossauros e animais instintos.
Leonardo Monteagudo Gibim, 8° ano A
O invento revolucionário
Gael, um menino inteligente e preocupado com o planeta, se junta a sua melhor amiga Yasmin, uma garota bonita e motivada a ajudá-lo, para pensar e criar um animal que possa ajudá-los a melhorar o planeta. Sua mãe, Clarice, é uma advogada renomada e disposta a apoiar seu filho em suas escolhas de vida, e seu pai, Adriano, é um inventor e cientista muito interessado em ajudar seu filho e sua amiga com o projeto.
Gael e Yasmin não possuem um local para trabalhar, mas Adriano tem um apartamento que ele utiliza para fazer testes de seus inventos de impressoras 3D e testes científicos, e o menino pede ao seu pai para utilizar o local para colocar em prática, junto com sua amiga, o projeto. Como Adriano está muito interessado em ajudar seu filho, ele libera o espaço e as ferramentas necessárias para que eles possam utilizar e realizar o invento revolucionário. Os dois amigos ficam maravilhados quando chegam ao apartamento cheio de tecnologia. O lugar parece uma cápsula de vidro cheio de computadores, robôs e experimentos do pai.
Após explorar o local, Adriano deixa os amigos no apartamento e vai para o trabalho. Gael e Yasmin, ansiosos para começar, ligam a impressora 3D de seu pai e procuram materiais para trabalhar. O que eles encontram são membros de animais mortos. Olhos de coruja, cabeça de macacos, patas de cachorros… Sem ideia de por onde começar, eles reúnem todas as partes de animais em uma mesa e começam a juntá-las.
Com a impressora, eles criam tecidos para formar os órgãos necessários para o projeto, como cérebro, coração, rins, pulmões, entre outros, juntam os membros de outros animais aos órgãos da impressora e criam um animal exótico. Cabeça e orelhas de macaco, corpo de porco, patas de gorila, rabo de gato e olhos de coruja.
A esperança dos dois amigos era que esse animal saísse andando e recolhendo o lixo que encontrasse nas ruas, mas o que esse animal fez foi bagunçar todo o apartamento do pai. Gael e Yasmin ficaram muito tristes e aflitos com o caos que estava a sua frente. Como iriam pará-lo?
Para sorte dos dois, Adriano tinha acabado de chegar do trabalho, assustado com a situação liga um robô que logo prende o animal. Depois de conter o animal, o robô começa a arrumar o apartamento enquanto os dois garotos e o pai de Gael começam a criar outro animal com algumas mudanças.
Após muito tempo, eles conseguem criar o tão esperado animal, causando grande ânimo em cientistas no mundo todo, dando mais um passo para um mundo melhor de se viver.
Maria Julia Belentani Peraro, 8° ano A
O papagaio em 3D
Joe sempre gostou das aulas de História com o Sr. Williams, então naquela manhã de quinta, acordou animado e seguiu para a escola. Quando chegou, se sentou ao lado de sua amiga Helena, como sempre. A aula daquele dia era sobre 2020. O professor falou sobre as manifestações, os incêndios e a doença. Como os incêndios foram prejudiciais para o ambiente. Foi o que mais interessou Joe. Era mais um motivo para o qual quase não tivessem paisagens naturais agora, 100 anos depois. No final da aula também avisou que a feira de ciências se aproximava, faltava apenas uma semana.
Ele voltou pra casa meio angustiado, seguido de sua amiga que não parava de falar sobre como a aula de Artes tinha sido legal. Quando estavam chegando, Sr. Jackson, o carteiro, estava na rua, vindo na direção deles, mas com a cara nas cartas.
– Boa tarde, Sr. Jackson. – disse Joe pro carteiro.
– Oh, Sr. Brooks, não tinha visto você. Boa tarde! – respondeu animado e deu um aceno com a mão pra Helena. Ele entregou as cartas para Joe, que seguiu para casa.
Ele se atentou a um panfleto de conscientização do meio ambiente. A natureza era linda. Falava também sobre animais extintos, animais que chegavam a ser domésticos, mas que estavam prestes a ser extintos ou que já estavam. Ele teve uma ideia (que poderia ser ótima para a feira de Ciências também). Pulou da cama e foi para sua escrivaninha e pesquisou. Achou sobre as impressoras 3D que podiam reproduzir células humanas e animais. E procurou o animal o qual iriam reproduzir. Depois se virou para Helena e contou seu plano. Ela, de imediato, riu. Depois viu que só ela estava rindo.
– Espera, tá falando sério?
– Nunca falei tão sério.
– Onde acharíamos uma impressora 3D?
– Do outro lado da cidade, na Rua Roosevelt, n° 384.
– Realmente incrível, mas como vamos chegar lá, gênio?
– De metrô. Depois da escola.
– E seus pais vão deixar?
– Tenho que tentar.
Seus pais deixaram. Quando Joe contou a ideia, estavam com cara de que estavam prestes a levar o filho ao hospital. Mas então as crianças acrescentaram que era para a feira, e eles deixaram, porém ainda com um pé pra trás.
No dia seguinte, depois da escola, eles seguiram para a estação, que era apenas a duas ruas acima da escola. A estação estava vazia, o que não era tão estranho, já que esses metrôs só levavam as pessoas para o outro lado da cidade e para cidades vizinhas. Mas a maioria das pessoas trabalhava perto de casa ou em casa mesmo. Adquiriram os tickets e seguiram. Tinha um vagão completamente vazio, e foi esse que escolheram.
O outro lado da cidade era um pouco diferente do lado em que moravam. Era mais industrializado, mais cinzento, mas parecia acolhedor. Se o lado em que moravam quase não tinha paisagens naturais, esse não tinha absolutamente nada.
A Rua Roosevelt não ficava longe da estação, na verdade ficava a uma quadra do local. A loja de informática ficava na esquina. Não era grande, por fora parecia velha, no entanto por dentro tinha vários aparelhos tecnológicos. Computadores e laptops de última geração, aparelhos de jogos, impressoras e, perto do balcão da loja, quatro impressoras 3D. Contudo, se você olhasse do outro lado também viria algumas antiguidades.
Entraram na loja, onde uma senhora que parecia bem velha se encontrava atrás do balcão. Foi até bem rápido comprar a impressora. A velhinha, que descobriram que se chamava Sra. Franklin, não parecia muito interessada nos seus novos clientes. Mas ficou automaticamente feliz quando recebeu o dinheiro em troca da impressora.
A impressora era leve, porém era grande e não conseguiriam carregar algo daquele tamanho. Com sorte, encontraram um carrinho abandonado ao lado da loja. Então seguiram para a estação, que não estava tão diferente desde que haviam chegado. A mesma coisa com a outra estação na qual vieram, continuava vazia.
Quando chegaram em casa, conectaram a máquina ao computador, era mais difícil do que dizia o manual. Quando terminaram, começaram a fazer alguns testes de impressão: primeiro uma caneta, depois um copo, um brinquedo e por aí vai. Cada um demorou em torno de 20 minutos. Mas não sabiam exatamente quanto tempo levariam para produzir um ser vivo, órgão, veias, ossos… poderia levar horas, até dias. Apesar disso, tinham um tempo considerável. E, com o projeto que haviam feito do corpo do animal, começaram. Ficaram horas esperando, até que Helena teve que ir embora e Joe adormeceu.
Um tempo depois, Joe acordou gritando. Alguma coisa estava bicando sua cabeça, ele saiu desesperado da cama e saiu correndo pelas escadas. Não havia ninguém em casa, seus pais tinham saído. E lá vinha atrás dele voando, uma espécie de pássaro. Verde, com as asas mais escuras, bico marrom, em volta dele uma camada de penas azuis e em torno dos olhos havia uma camada de pelos amarelos. Pousou no sofá, na frente de Joe. Então ele percebeu que era o pássaro que tinha criado.
– Ah! Você! Oi.
– Oi. – respondeu o pássaro.
Ele arregalou os olhos e achou que ia desmaiar a qualquer momento. Como assim o pássaro falava? Não era pra ele falar. É um pássaro! Animais não falam! A primeira coisa que fez foi ligar para Helena e contar o que estava acontecendo. Logo ela bateu na porta da frente. Começaram a olhar e examinar o pássaro de longe, porque, mesmo não querendo admitir, estavam com um pouco de medo.
– É um papagaio-verdadeiro. – concluiu Helena depois de algumas pesquisas – “Papagaios têm facilidade para imitar a voz humana porque o som que emitem apresenta características comuns à fala humana”.
– Por que eu não pesquisei isso? Meu Deus, como vamos apresentar um pássaro falante?
– Pense pelo lado bom. Vai ser um ótimo entretenimento!
Afinal ela tinha razão. Quem não gostaria de ir a uma feira sem graça onde todo mundo faz a mesma coisa todo ano, que no caso é um vulcão, e acabar encontrando um papagaio que repete o que você fala. Era bem atrativo.
Foi o que fizeram. E acabou sendo um sucesso. Todos adoraram. O papagaio, que deram o nome de Chris, era estranhamente gentil, era adorável. Também havia alguns cientistas nessa feira, que acharam o papagaio simplesmente impressionante, já que não viam aquela espécie há décadas. Fizeram uma oferta para Helena e Joe e seus pais, para que pudessem estudar o papagaio de seis em seis meses, para novas pesquisas sobre reprodução com as impressoras. E assim faziam de seis em seis meses o papagaio era levado para o laboratório para novas pesquisas que estavam por vir.
Laura Beatriz Selvati de Souza, 8° ano B
O Sonho de Uma Amizade
A história retratada a seguir se passa no ano de 3101, em um protótipo de planeta criado pelos humanos. Após todo o caos na Terra devido ao aquecimento global e à superpopulação, os seres humanos resolveram convocar todos os cientistas do mundo para que pudessem viver em seu próprio planeta onde poderiam descobrir uma maneira de transportar as pessoas para outros lugares.
Os cientistas Melissa e Lucas resolveram ter um filho que, posteriormente, foi dado o nome de Bob. Para aproveitar mais o tempo com seu filho, Lucas acabou se aposentando do cargo de cientista e abriu uma churrascaria. Bob era uma criança muito solitária e antissocial, também chamado pelos colegas escolares de estátua. O garoto sofria muito bullying na escola e sempre chorava no seu quarto depois da aula. Melissa, vendo o sofrimento do filho, resolveu levá-lo para o seu trabalho e tentar reanimá-lo.
Bob ficou animado e foi com a mãe para o laboratório. Ao chegarem, o garoto avista uma espécie de máquina 3D que pode criar qualquer coisa em questão de poucas horas, então Bob logo perguntou:
– Mãe você pode criar realmente qualquer coisa com essa máquina?
– Sim, meu filho, porém temos que ser muito cautelosos com esse tipo de tecnologia.
– Por que mãe?
– Pois ela é muito difícil e rara de ser encontrada!
Quando chegaram em casa, Bob teve uma grande ideia e perguntou para os pais se eles pudessem fazer um cachoelho, seria a fusão de coisas de que o garoto mais gostava, cachorros e coelhos. Então Melissa e Lucas responderam para o filho que era necessário muita responsabilidade para que ele criasse um híbrido em casa.
Assim, Bob chateia-se e se irrita com os pais, fugindo de casa. O garoto vai em direção ao laboratório de sua mãe e pede ajuda para um conhecido que era aprendiz de cientista, chamado Jam Ben. Com ele, Bob cria Luxe, um híbrido de cachorro e coelho. Os pais do menino saíram correndo atrás dele, mas o perderam de vista. Quando descobriram que ele estava no laboratório, foram correndo até lá, mas não o encontraram, sem mais esperanças, voltaram para casa. E lá estava o menino com o animal em seus braços. Instantaneamente os pais de Bob se apaixonaram pela criatura e resolveram ficar com Luxe.
João Victor de Jesus Gonzalez, 8° ano C
A impressora 3D
A história que vou contar ocorre no ano de 2080, em uma cidade chamada Technology City, que apresenta muita areia e pouquíssima água, já que está localizada em Marte.
Tudo começou quando Hugo, um menino muito inteligente, que gostava de recursos naturais, percebeu que em sua cidade havia pouquíssima quantidade desse recurso, e nenhum animal. Por isso, seus colegas de sala, tinham animais de estimação feitos de metal, algo de que Hugo não gostava; já que esses “animais” não podiam ter sentimentos, eram “programados” para ter. Por isso, ele decidiu programar uma impressora 3D que pudesse criar o seu próprio animal com órgão de seres humanos, mas não poderia ser qualquer animal, teria que ser um exótico.
Porém, Hugo decide não contar à sua mãe, Loren, sobre o projeto, já que o Sr. Brian, dono de uma empresa famosa de tecnologia, poderia usar os seus equipamentos para ouvir a conversa e capturar qualquer tecnologia que achasse lucrativa para a venda; já que ele era a pessoa mais rica e poderosa da região, podendo dar apenas uma parte do lucro para a pessoa que a inventasse. Infelizmente, Loren descobriu o projeto pelos vizinhos, que o menino ficava horas dentro de um ferro-velho mexendo com objetos tecnológicos. Então, foi conversar com o seu filho sobre o problema que teria que enfrentar se o Sr. Brian descobrisse. E como já esperavam, o empresário chegou com seus robôs rastreadores para capturar a impressora. A mãe e o filho ficaram preocupados, mas não se renderam facilmente.
Hugo e sua mãe correram por toda a cidade, passando por caminhos difíceis, deixando os robôs confusos e, assim, desprogramando-os. Quando Hugo e Loren ficaram frente à frente com o Sr. Brian, e não tiveram mais para onde fugir, explicaram o motivo de criar a impressora.
O empresário se sensibilizou pelo motivo e decidiu não capturar a impressora, em vez disso, decidiu criar uma tecnologia para deixar a cidade com mais recursos naturais, tendo tanto animais comuns, quanto animais exóticos. Com a opinião de sua mãe, Hugo criou o seu animal com formato de cachorro, mas com órgãos de humanos.
Andrielle Aparecida da Silva Victor – 8º ano A
O réptil de Lino
Cinco da tarde, numa quinta-feira, do ano de 3016, começara o Répteis contra Répteis, programa favorito de Lino e sua vizinha, Sra. Grey, uma velhinha, que cuidava de Lino todas as tardes de segunda à sexta, enquanto sua mãe trabalhava. O garoto de onze anos era hiperativo, inteligente e amador de répteis. Com três anos de idade, seu pai morreu, e sua mãe, chamada Bath, uma moça bonita e educada com todos, precisando trabalhar, deixou Lino pela primeira vez aos cuidados da vizinha.
Neste mesmo dia, ocorreria a coisa mais esperada por Lino, falar com sua mãe sobre terem um animal de estimação. Assim, às 19 horas, sua mãe parou em frente à casa da Sra. Grey para buscar o menino e, ao chegarem ao lar, Lino avisou:
-Mãe, por favor, sente-se no sofá que eu quero te mostrar uma coisa importante…
Sua mãe concordou com um aceno de cabeça e sentou-se no sofá.
-Bom, vamos lá, eu vou te apresentar um projeto no qual venho trabalhando há um tempo… espero que goste.
Lino, ligara o seu computador e começara a apresentar seu trabalho; mostrava os mais diversos benefícios que um réptil pode trazer e nomes que poderiam dar ao bicho. Um tempo depois, após terminar, perguntou à mãe o que achara, ela respondeu:
-Filho, eu sei que você ama animais e sei que tem responsabilidade para cuidar de um, mas um réptil está fora de cogitação… estes animais além de caros, precisam de uma super atenção e de um lar apropriado, e esse lar não é o nosso, definitivamente, não.
Lino saiu da sala e só passou por ela na manhã seguinte, quando foi à escola. Sempre fora um aluno dedicado, mas naquela manhã, apenas se dedicava a escrever seu plano B para ter um réptil; “já que minha mãe não quis comprar um, eu mesmo faço…” não parara de pensar nisso até a hora de ir à sua vizinha. Quando chegara à casa, Lino falou:
-Senhora G., eu vou dar uma volta de bicicleta pelo quarteirão, ok?
Ela assentiu e voltou para a cozinha.
Lino não iria andar de bicicleta pelo quarteirão, mas sim iniciar seu plano B. Foi em direção primeiramente ao Centro de Pesquisa Sobre Répteis, para procurar formas de produzir um e ver se era possível. Após ler muitos livros, foi ao Centro de Impressoras 3D; quando chegou, começou a pegar os materiais necessários para produzir o bicho, mas não sabia que demorava tanto, talvez tivesse pulado essa parte nos livros… Depois de só uma hora com apenas dois olhos produzidos, foi pego pelo segurança do lugar e ao seu lado a Sra. Grey, que, ao perceber que Lino não estava em sua casa, rastreou o celular do menino.
Após isso, Beth, brava com ele, botou o menino de castigo junto aos seus olhos de répteis. Lino, no quarto, só se lembrava da reação da mãe… apenas gritava e chorava de raiva por ter um filho tão “cabeça na lua”.
Lino apenas se sentia feliz na casa de sua vizinha, quando podia ler e desenhar em paz, esta percebera que o garoto estava muito para “baixo”, o que era estranho, pois ele sempre sorria, então tomou uma atitude: resolveu dar a Lino um réptil, sabia que Beth não recusaria um presente dela, e realmente ela não estava errada, a mãe de Lino aceitou, mas com uma cara de que não queria, pois não gostava de cobras. Lino quando viu o animal, começou a chorar de felicidade, correu para o encontro do nomeado Potter e arrumou seu lugarzinho em um terrário em seu quarto, que agora seria sua nova casa.
Beth reconheceu que Potter fez um bem danado a Lino e com ele aprendeu a ter mais responsabilidade. Além disso, aprendeu a lidar com o animal, já que agora este faz parte da família.
Letícia Madeira – 8º ano A