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SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA: O QUE FAZER PARA MELHORAR O NOSSO PLANETA? – 1ª Série EM – CJP

“Após encher a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma gigantesca nave.” Embora esta seja uma realidade fictícia apresentada no filme “Wall-E”, se continuarmos no mesmo caminho, esse poderá ser o destino da humanidade. Imagine-se dentro da nave espacial do filme, sedentário desde a infância, conhecendo apenas o que aparece na tela sem sequer olhar ao seu redor. Para evitar esse futuro, uma pesquisa foi realizada para encontrar soluções sustentáveis.

Sustentabilidade é a capacidade de usar os recursos naturais de maneira consciente, sem comprometer o bem-estar das gerações futuras. Seu objetivo principal é encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. O termo surgiu da necessidade de discutir como a sociedade explora e usa os recursos naturais, buscando alternativas para preservá-los e evitar seu esgotamento. A sustentabilidade se baseia em três pilares: ambiental, econômico e social.

A sustentabilidade econômica envolve práticas econômicas, financeiras e administrativas que visam ao desenvolvimento econômico de um país ou empresa, preservando o meio ambiente e garantindo recursos para as gerações futuras. Em outras palavras, a sustentabilidade econômica busca assegurar bens materiais para o futuro, como água e recursos não-renováveis. É crucial lembrar que nenhum recurso da Terra é infinito e que temos apenas um planeta para cuidar.

A água é um dos recursos mais essenciais, e sua preservação é de extrema importância. Embora nosso planeta seja conhecido como “planeta água”, apenas 0,5% da água doce do mundo está acessível para consumo, incluindo fontes superficiais e aquíferos. Alguns exemplos de práticas de preservação incluem tomar banhos curtos, fechar torneiras enquanto não estiverem em uso, ensaboar todas as louças de uma vez, limitar o uso da máquina de lavar, utilizar baldes em vez de mangueiras para lavar calçadas e carros, implementar descargas com válvula de duplo acionamento, verificar e corrigir vazamentos, reduzir o consumo de carne bovina e preferir fraldas de pano e produtos biodegradáveis.

Por que é necessário preferir carnes diferentes da bovina? Porque o boi é o animal de fazenda que mais consome água por quilograma de carne produzido, necessitando de impressionantes 15,5 mil litros por quilograma, sendo 98% desse total destinado à produção de alimentos para o animal. Em comparação, a carne suína requer 5,2 mil litros por quilograma e a carne de frango 4,33 mil litros, ainda altos, mas significativamente menores do que o consumo bovino. Além disso, o consumo regular de vegetais é recomendável não apenas por “fazerem bem para a saúde”, mas também porque consomem apenas 325 litros de água por quilograma produzido. Ou seja, a água é necessária em muitas etapas que não percebemos no nosso dia a dia. Preservar a água é essencial para garantir a disponibilidade deste recurso vital para as futuras gerações.

Outra comparação interessante é com fraldas descartáveis, itens amplamente usados por bebês. Em média, um bebê utiliza cerca de 4.080 fraldas descartáveis, cada uma com uma pegada hídrica de 545 litros, totalizando mais de 2 milhões de litros de água usados. Em contraste, as fraldas de pano reutilizáveis demandam apenas 15 litros de água por unidade, resultando em uma pegada hídrica 36 vezes menor por fralda, ou 148 mil vezes menor ao longo do tempo total de uso.

Além de reduzir o consumo excessivo de água, outro aspecto crucial para a sustentabilidade econômica é a reciclagem. Apesar dos avanços, a reciclagem ainda é insuficiente. De acordo com os últimos dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os membros reciclam, em média, apenas 36% de seus resíduos municipais.

Praticar a reciclagem em casa pode ser simples e criativo. Itens que seriam descartados podem ganhar novas funções, como transformar uma lata de bebida em um porta-utensílios de escrita, usar sapatos velhos como vasos, converter roupas antigas em panos, ou fazer piões com tampas de detergente, decorados com tampas e lacres de garrafas. Para plásticos, papéis e outros materiais sem uso imediato, separá-los e levá-los à coleta seletiva é a melhor opção. Procure uma estação de reciclagem próxima e contribua para o ciclo de reciclagem. Lixo não reciclável pode ser compostado para se tornar adubo para plantas, fechando o ciclo de uso sustentável dos recursos.

Escrito pelos alunos da 1ª série EM do Colégio J. R. Passalacqua e pela Professora Samantha de Almeida Santos, especial para o Diário de Notícias, 14 de junho de 2024.

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