O tema da Festa Junina 2022 dos Colégios Vicentinos foi “Arraiá Vicentino: Esperança e Alegria”. O objetivo foi resgatar as brincadeiras, as danças e as comidas típicas que marcam esse festejo tipicamente brasileiro, resgatando a felicidade de celebrar com a comunidade escolar os dias de Santo Antônio, São João e São Pedro. Com certeza, esse resgate foi feito ao longo desses dias de festa!
As apresentações das danças estavam lindas e os alunos, com o auxílio dos pais e responsáveis, capricharam na caracterização. O clima de alegria contagiou as nossas escolas e, além disso, todos se divertiram com as brincadeiras juninas e música ao vivo, saboreando as comidas típicas.
Para preparação das atividades da Festa, foi necessário um empenho de toda a comunidade escolar no sentido de mergulhar no estudo da diversidade de tradições brasileiras. Como era há 15, 30 ou 60 anos? Que recordações os familiares, os avós e os bisavós dos alunos têm dessa festa tão tradicional na cultura brasileira? Que importância essa festa tem para eles?
Esse resgate tornou-se um exercício instigante, pois foi capaz de levar os alunos a compreender mudanças periódicas da sociedade e a entender como algumas tradições perduram e outras se perdem nesse processo. Além disso, a valorização da tradição oral é sempre uma boa oportunidade para incluir as famílias no cotidiano escolar de seus filhos e promover o aprendizado colaborativo.
Para realizar a festa, foi importante retomar a pluralidade de tradições e costumes presentes em um país de dimensões continentais como o nosso. O Brasil é um país de grande diversidade cultural e muitas datas são comemoradas conforme a tradição de cada região. Se nas festas nordestinas predominam, por exemplo, o forró, os bonecos mamulengos, a literatura de cordel, a quadrilha e a homenagem aos santos, o interior paulista celebra a colheita da lavoura, o convívio pautado na prosa e na música ao redor da fogueira e a produção artesanal de alimentos típicos da vida camponesa.
A compreensão dessas diferenças pode ser facilitada por meio do conhecimento das origens portuguesas da Festa Junina em nosso país, levando-se em conta os aspectos históricos e culturais de cada região. Além disso, a influência africana também se mostra como um componente central nas comemorações, seja pelos instrumentos de percussão utilizados nas canções populares ou mesmo nos movimentos extrovertidos presentes em danças e performances como o Maracatu e o Bumba-meu-boi.
As festas podem ser ótimas oportunidades de aprendizado e enriquecimento cultural. Ao ter contato com esses processos, as crianças e os jovens não apenas compreendem melhor a origem de alguns elementos presentes nas festas, mas passam a apreciar e a valorizar a diversidade cultural brasileira, partindo de um lugar de respeito.
De fato, as celebrações foram momentos em que pudemos perceber a fé e a esperança em dias melhores, pois a alegria estava presente em todos os corações.
Vale destacar que toda a renda gerada pelas nossas festas será revertida para as obras sociais mantidas pelas Irmãs de São Vicente de Paulo de Gysegem que atendem pessoas em situação de rua, idosos, crianças e adolescentes.